quinta-feira, 3 de março de 2011
Doce Ilusão
Sozinha, envolta pela solidão noturna que me toma, contemplo a plenitude das estrelas, ao mesmo tempo em que visto-me de poesia e desejo, diante do emergente devaneio, que anseia inseguro por um beijo …
O mesmo que desafiaria as dimensões do espaço e te traria aos meus braços, me permitindo sentir uma emoção real, fortalecida pelos laços afetivos e intensificada pela pele...
Revivo o entrelaçar de vozes, a hipnose do sorriso; olhares que se cruzam, bocas que se convidam, corpos que se unem, no itinerário do infinito...
Intenso e efêmero, tão arrebatador que assusta, fere o humano coração com seus martírios, de tal forma encontra-se meu Eu, permeado por delírios...
Carente de um amor consistente, que ultrapasse os limites da paixão sem perdê-la e que contemple a certeza de um envolvimento mútuo, repleto de cumplicidade, coragem e leveza...
Amor e paixão, razão e emoção são temas sujeitos à discussão, por representarem uma certa contradição: mas afinal, o que quer meu coração? Temo que não passe de uma doce ilusão...
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