sábado, 31 de dezembro de 2011

Um grito de liberdade...


Escrevo hoje, após um período de silêncio e reclusão pessoal, para expor o mais claramente possível acerca de minhas impressões sobre a maneira com que as pessoas lidam com a liberdade.
Antes de tudo, ressalto que são impressões pessoais e por isso incapazes de abraçar todas as verdades. No entanto, espero que o texto sirva como reflexão.
Nascemos, crescemos e vivemos. Para que? Para sermos livres? Mas o que é ser livre?
Há muitas questões que gostaria de apontar, mas no momento o que transcende da minha mente é a desvalorização do direito inato de liberdade, ou pior, "do medo de ser livre", enraizado pela necessidade que nos foi impregnada de está unido a alguém!
Talvez esse último comentário te choque, caro leitor. Mas o que gostaria que entendesse é que não estou julgando a união com o outro, pelo contrário admiro e prezo por isso. O que levanto para reflexão é o conformismo das pessoas que deixam a liberdade se esvair para tornarem-se prisioneiras de relacionamentos medíocres, que causam mal, sofrimento e dor. E pior ainda, daqueles que são prisioneiros de si próprios, pois se escondem por trás do medo de não conseguir, do medo de perder, enfim, de se jogar fundo nos planos, sonhos e projetos...conformando-se com um futuro insosso e pré-determinado socialmente.
Liberdade... para mim é ter coragem de ser você mesmo, de encarar desafios, de buscar a felicidade, de viver em paz consigo e com o mundo... Vejo esse clima de final do ano, como um momento oportuno para ressaltar a liberdade, momento este para refletirmos e decidirmos o que realmente importa para nós, afinal a vida é um espetáculo breve ou longo, bom, mais ou menos, ou ruim... quem vai dizer isso, não é a soma de anos que você viveu, mas a forma como você viveu esses anos...
Voltando ao amor, acredito que quando duas pessoas se amam genuinamente, há mutualidade, respeito, unidade e liberdade. Liberdade de expressão, opinião... estamos unidos ao outro, porém não pertencemos, nem devemos tornar o outro uma necessidade vital...as pessoas se somam, é diferente!
Parece utópico, mas não é. Somos seres especiais e merecemos um amor livre... livre de preconceitos, inseguranças, ciúmes doentios, falta de respeito e que propicie a possibilidade de sermos nós mesmos, isso basta, o amor supre as diferenças, quando realmente está presente na relação, a isso chamamos: tolerância!
Com relação ao medo, penso que é um desafio a ser conquistado, um universo a ser desbravado, pois todo Não pode ser procedido por um Sim e todo final abre espaço para um novo começo, pode até ser clichê... mas é verdade!
Assim como os pássaros que voam livremente pela infinitude do céu e ainda como todo ser que ousou realizar o que parecia impossível, eu me permito tentar e o meu primeiro passo começa com um grito de liberdade ...

FELIZ 2012!!!

Jeane Constantino

domingo, 3 de abril de 2011

Autorreflexão




Paro, respiro e procuro sentir o misto de sensações que me cercam. Reflito, revejo minha vida, sonhos, perspectivas... Elevo minha alma à plenitude, procuro revigorar meu espírito, procuro um norte, uma luz …
Muitas vezes, as decepções de outrora, se refletem no presente, e nós, meros humanos, com nossas necessidades e anseios, buscamos soluções, respostas imediatas para solucionar problemas que muitas vezes só existem em nós mesmos.
Observando e analisando comportamentos, pude perceber que consciente e inconscientemente nossas atitudes sempre visam ao alcance da tão sonhada estabilidade que traz consigo a segurança. Acredito que se você fizer uma auto-análise, perceberá em suas ações, muito disso. Desde a compra de um produto, à escolha de um emprego e até mesmo de um namorado (a).
Essa busca desenfreada, acaba suprimindo o Eu inato e despertando o Eu faminto, que quer solucionar os fatos no agora e que acaba cobrando demais dos outros e principalmente de si mesmo. Impedindo que o ser viva cada dia por vez e aproveite as oportunidades que lhe aparecem pelo caminho...
Diante disso, emerge a necessidade de se preparar uma revolução interior até o momento de exteriorizá-la, afinal podemos ser o que quisermos … os sonhos não são estáticos, eles se renovam como a subjetividade humana. Então, cultive bons sonhos e semeie amor por onde você passar, pois um dia, tudo voltará para você, afinal faz parte do ciclo da vida.
Nossas conquistas nesse plano devem representar a felicidade da existência, o agradecimento ao criador, além do que um próprio estímulo para continuar a existir e acreditar... A família, alicerce constante, deve ser nosso “reforço positivo”, ou seja, a força capaz de nos tornar humanos, em sua essência, além de instigados a seguir em frente na luta para realizar nossos objetivos... A entrega entre os seus deve ser permanente, família é laço de amor eterno... Amigos, família da alma, companheiros de vida, centelhas de luz... EU... a personificação da alma, agente transformador da história, seja no passado, no futuro ou no agora... afinal, esse conjunto de percepções, vai além do meu finito alcance.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Doce Ilusão



Sozinha, envolta pela solidão noturna que me toma, contemplo a plenitude das estrelas, ao mesmo tempo em que visto-me de poesia e desejo, diante do emergente devaneio, que anseia inseguro por um beijo …

O mesmo que desafiaria as dimensões do espaço e te traria aos meus braços, me permitindo sentir uma emoção real, fortalecida pelos laços afetivos e intensificada pela pele...

Revivo o entrelaçar de vozes, a hipnose do sorriso; olhares que se cruzam, bocas que se convidam, corpos que se unem, no itinerário do infinito...

Intenso e efêmero, tão arrebatador que assusta, fere o humano coração com seus martírios, de tal forma encontra-se meu Eu, permeado por delírios...

Carente de um amor consistente, que ultrapasse os limites da paixão sem perdê-la e que contemple a certeza de um envolvimento mútuo, repleto de cumplicidade, coragem e leveza...

Amor e paixão, razão e emoção são temas sujeitos à discussão, por representarem uma certa contradição: mas afinal, o que quer meu coração? Temo que não passe de uma doce ilusão...

sábado, 22 de janeiro de 2011

Encontro Casual



       Na escuridão que há em mim, a luz das estrelas pode ser refletida com maior intensidade. Caminho por sobre as ruas desertas do meu mundo... único, inconstante e efêmero demais.
       A vida... uma sucessão de fatos, embebidos por sentimentos, ocasionados pelo destino ou quem dirá o acaso, me mostrou que a complexidade do viver torna-se frágil diante da complexidade do ser humano. Há sempre uma sensação de falta, apego, insatisfação.
       Muitas vezes deixamos de vivenciar plenamente o presente, por estarmos presos à fatos passados ou a um futuro que não podemos moldar fidedignamente ao nosso modo, pois esta grandeza foge do nosso finito alcance. E daí que isso dói, gera insegurança e impede que a pessoa realmente seja um agente transformador da sua vida. É claro que não se pode ficar esperando as coisas surgirem, deve-se buscar, mas também entender que às vezes tudo é uma questão de tempo.
      O comodismo prende os homens a uma realidade conformista. Há sempre algo para ser inventado, um sonho para ser realizado ou até mesmo um novo hábito para quebrar a mesmice dos dias triviais.
      A imaginação é um terreno fértil, abundante e acessível a todos aqueles que ousam transformar liberdade em criatividade.
      Então assim, numa tarde envolvente de janeiro, sob um céu poético em aquarela, não resisti e me permiti conhecer outros mundos... Em um encontro casual, percebi o quanto pode ser instigante globalizar sentimentos, multinacionalizar amigos e criar uma rede social de emoções … que reais ou virtuais, ainda assim, não diminuirão a magia do insight, nem tão pouco o meu desejo pelo desconhecido, afinal, o oculto pode ser decifrado, o segredo revelado e o que antes era um código... hoje tornou-se você.